O empresário Valter Patriani, cofundador da agência de viagens CVC e hoje dono da construtora que leva seu sobrenome, decidiu aumentar a aposta em seu modelo de negócio para seguir crescendo nos próximos anos.

A estratégia é produzir internamente grande parte dos itens que tradicionalmente são comprados de terceiros, como janelas e portas. Dentro de um cronograma de investimentos de R$ 40 milhões, Patriani adquiriu uma fábrica em Mauá, na Grande São Paulo, onde serão produzidos também cerâmicas, vidros e peças de mármore.

A segunda etapa do projeto, previsto para começar no segundo semestre, inclui a fabricação no local de móveis para cozinha e banheiro. “Aumentar nossa autossuficiência significa reduzir em até 25% nossos custos, diminuir a dependência de fornecedores e, ao mesmo tempo, aumentar significativamente nossa margem de lucro”, afirmou Patriani.

Neste ano, a construtora projeta um faturamento de R$ 850 milhões, quase o dobro dos R$ 450 milhões contabilizados em 2020, e lançamento de dez empreendimentos. Além de garantir rentabilidades maiores e riscos menores, Patriani afirma que a decisão de fabricar parte dos itens essenciais para a entrega de seus edifícios vai agregar valor e qualidade aos empreendimentos, que o empresário chama de percepção de qualidade. “O cliente não enxerga o aço que está na estrutura do prédio, mas vê diariamente o nível das mobílias, das esquadrias ou do mármore na cozinha”, disse Patriani. “Por isso, ou um prédio nasce chique ou nunca mais ele será chique. Depois, não tem como voltar.”

(Nota publicada na edição 1219 da Revista Dinheiro)