Por que investir em ativos tão diferentes do tradicional?
Fundamos a Hurst em 2017 olhando o mercado internacional que investia cada vez mais em ativos alternativos. Projetávamos que isso iria ocorrer no Brasil independentemente dos juros. Apesar da alta recente da Selic, sabíamos então que havíamos mudado de patamar na taxa de juros e que os investidores iriam precisar diversificar além dos mercados tradicionais como ações e renda fixa. Então, buscamos teses de investimentos que pudessem dar bons retornos e que estivessem descorrelacionados do cenário político e macroeconômico.

Como investir em Di Cavalcanti?
A Hurst adquiriu as obras “Cena de Carnaval” e “Paisagem Marinha” com 20% de deságio. Esses ativos foram tokenizados. Nós os transformamos em Non Fungible Tokens (NFT), que foram fracionados, criptografados e registrados no blockchain da rede Ethereum. Cada token pode ser adquirido a partir de R$ 10 mil. Quando as obras são vendidas no mundo físico, o investidor recebe a distribuição das vendas em dinheiro. A rentabilidade média projetada é de 16,06% ao ano e a expectativa de valorização tem como base o histórico das transações nos últimos 23 anos.

E os investimentos em catálogos musicais?
As Operações de Royalties Musicais se iniciam por meio de um contrato entre o originador da operação financeira e o detentor dos direitos. O originador se torna titular de uma fração dos recebíveis gerados a partir da reprodução da música. Os recebíveis estão atrelados ao número de vezes em que a obra musical ou o fonograma serão executados em diferentes ambientes e plataformas que gerem royalties. A precificação é baseada na arrecadação passada, seguida de projeção do fluxo de caixa futura do artista.

Esses ativos ainda fazem sentido com a Selic subindo?
Sim. O investidor não deve buscar retorno em apenas uma aplicação, pois com isso ele se expõe a riscos extremos em contrapartida. É justamente nessa ótica que os alternativos fazem ainda mais sentido: montar um portfólio mais equilibrado e protegido contra a volatilidade e o risco da bolsa. Os alternativos são descorrelacionados dos movimentos do mercado e dão rentabilidade superior à renda fixa tradicional, mesmo com a alta da Selic.

A SEDUÇÃO DOS TIJOLOS

O caminho acidentado que vem sendo percorrido pelas ações brasileiras nos últimos meses afastou os investidores dos fundos dedicados à renda variável. Segundo levantamento da empresa de informações financeiras Economatica, o número de cotistas desses fundos cresceu muito abaixo da média da indústria desde meados do ano passado. Já os fundos de investimento imobiliário (FII) foram os mais atraentes. O número de investidores segue crescendo, e já supera o total de cotistas em fundos multimercados.

EM ALTA
0,80% 

Foi a alta do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) em outubro, ante uma alta de 0,56% em setembro. O índice acumula alta de 12,88% no ano e de 15,35% em 12 meses. Em outubro de 2020, o índice havia subido 1,69% no mês e acumulava alta de 6,64% em 12 meses, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) na terça-feira (26). A inflação relativa a Materiais, Equipamentos e Serviços acelerou para 1,45%, ante 0,83% em setembro. O índice referente à Mão de Obra desacelerou para 0,10% em outubro, ante 0,27% no mês anterior.

EM BAIXA
0,3 

Ponto percentual foi a queda do Índice de Confiança da Construção Civil (ICST) em outubro. O índice recuou para 96,1 pontos após cinco meses consecutivos de alta, informou a FGV. A queda decorreu da piora sobre a avaliação do momento atual. O Índice de Situação Atual recuou 0,7 ponto, para 92,0 pontos, interrompendo dois meses de altas consecutivas. O Índice de Expectativas ficou estável ao cair 0,1 ponto, para 100,3 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade da Construção aumentou 0,6 ponto percentual, para 75,6%