A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 129,615 bilhões em julho, um aumento real (já descontada a inflação) de 12,83% na comparação com o mesmo mês de 2017. Esse foi o oitavo mês consecutivo de crescimento real nas receitas em relação ao ano passado. Em relação a junho deste ano, houve aumento de 16,54%.

O desempenho no mês passado foi o melhor para meses de julho desde 2011. O resultado veio acima do intervalo de expectativas de 21 instituições ouvidas pelo Projeções Broadcast, que ia de R$ 114,400 bilhões a R$ 128 bilhões, com mediana de R$ 121 bilhões.

O desempenho foi influenciado pelo crescimento de 103,95% nas receitas administradas por outros órgãos – sobretudo royalties – em relação a julho do ano passado, somando R$ 10,891 bilhões.

Além disso, considerando apenas as receitas administradas pela Receita, a arrecadação de R$ 118,723 bilhões em julho foi o melhor resultado para o mês desde 2013.

Entre janeiro e julho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 843,870 bilhões, montante que representa avanço de 7,74% na comparação com igual período do ano passado. Esse foi o melhor resultado para os sete primeiros meses do ano desde 2014.

Já as receitas administradas pelo Fisco somaram R$ 808,032 bilhões desse total, o melhor desempenho desde 2015 para o período.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 30,346 bilhões entre janeiro e julho deste ano, valor maior do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 30,344 bilhões. Apenas no mês de julho, as desonerações totalizaram R$ 6,964 bilhões, abaixo das de julho do ano passado (R$ 7,035 bilhões).

Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,025 bilhão em julho e R$ 6,941 bilhões no acumulado do ano.

O Congresso aprovou em junho a reoneração da folha de 39 setores da economia, como contrapartida exigida pelo governo para dar o desconto tributário no diesel prometido aos caminhoneiros. Outros 17 setores manterão o benefício até 2020.