Por Maximilian Heath

BUENOS AIRES (Reuters) – O governo da Argentina pediu aos cidadãos para limitar o uso de água em uma tentativa de aliviar a pressão no Rio Paraná, uma importante via de grãos cujo nível atingiu uma mínima de 77 anos, uma situação que prejudica embarques de cereais, incluindo soja e trigo.

Um grupo de conselho do governo pediu para que as pessoas “economizem água”, armazenem água da chuva para irrigação e evitem a queima de resíduos para prevenir incêndios florestais nos pântanos em torno do delta do rio.

“Os níveis de água no Paraná estão numa mínima desde 1944, o que exige um compromisso de todo mundo para atender e agir preventivamente e com responsabilidade contra essa situação”, afirmou o grupo em declaração na noite da segunda-feira.

O Paraná, que possui sua fonte no sul do Brasil, flui pela Argentina até próximo da costa de Buenos Aires. É a rota de transporte de 80% das exportações agrícolas do país e fonte de água potável, irrigação e energia.

Entretanto, devido à escassez prolongada de chuvas no Brasil, o nível de água no Paraná caiu drasticamente, atingindo a quantidade de carga que pode ser transportada pelos navios no auge da temporada argentina de exportação de milho e soja.

No sábado, o governo anunciou um fundo de alívio de 10,4 milhões de dólares para mitigar os impactos do baixo nível de água.

(Reportagem de Maximilian Heath)

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