Na madrugada desta quarta-feira (18), a Câmara dos Deputados da Argentina aprovou um projeto de lei que cria um imposto “extraordinário” para as pessoas que possuam um patrimônio superior a $ 200 milhões (aproximadamente R$ 13 milhões). O texto final, que foi aprovado por 133 a 115 votos, segue agora para discussão no Senado, segundo o Uol.

A meta do governo argentino é arrecadar até US$ 3 bilhões com um imposto que varia de 2% a 3,5% de acordo com o valor do patrimônio. Ao todo, seriam afetadas entre nove mil e 12 mil pessoas.

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Contrária ao projeto, a oposição considera que ele vai retirar investimentos da Argentina. Os governistas, por outro lado, afirmam que esse novo imposto atingirá 0,02% da população do país. O imposto também é defendido pelo atual presidente, Alberto Fernández.

O dinheiro arrecadado com a taxação será 20% destinado para a compra de materiais e instrumentos para a emergência sanitária de covid-19; 20% para investimentos nas pequenas e médias empresas; 15% em programas de desenvolvimento de áreas pobres da Argentina; 20% para bolsas de estudo do Programa de Ajuda aos Estudantes (Progresar); e 25% para programas de exploração e desenvolvimento de gás natural.