O grupo Arezzo &Co, que controla a marca homônima e também Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Fiever e Alme, anunciou nesta quarta-feira (2) que irá assumir a operação da Vans no Brasil, em acordo fechado com a controladora da marca mundialmente VF Corporation, que tem em seu portfólio companhias como Timberland, The North Face e Kipling.

O acordo prevê que o grupo brasileiro irá assumir a distribuição exclusiva dos calçados, roupas e acessórios da marca e comprará ativos como lojas, estoques e centros de distribuição. A transação será de R$ 50 milhões em acordo que durará cinco anos, com possibilidade de extensão de dois anos caso metas operacionais e financeiras sejam atingidas. A mudança de controle da Vans Brasil para a Arezzo entra em vigor no primeiro dia de 2020.

A Arezzo poderá também abrir novas lojas e operá-la por conta própria ou conceder a terceiros os direitos da exploração comercial da marca. Eles poderão também estabelecer novos fornecedores e firmar novos contratos para a venda online dos produtos ou até mesmo abrir e-commerce próprio. A VF Corporation fazia a operação da Vans no Brasil desde 2016, e em janeiro deste anunciou a pretensão de repassar o controle da marca no País.

“A parceria com a VF é um passo decisivo para aprofundarmos nossa estratégia de transformação da companhia em uma plataforma de gestão de marcas”, diz Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co. “A Vans, expande nossa base de clientes, passando a dialogar com um novo perfil de consumidor e a atuar em novas categorias – vestuário, infantil e masculino.”

Em relação à compra dos ativos Vans, a companhia informa ter assumido a obrigação de pagar cerca de R$ 50 milhões, no prazo de até 150 dias após o fechamento da operação, sendo R$ 45 milhões em capital de giro referente a estoques (em centro de distribuição e em trânsito) e o restante em ativos fixos (incluindo quatro lojas)- cujo valor final será determinado de acordo com o volume final de ativos Vans existentes na data do fechamento da operação.

O fechamento da operação de aquisição dos ativos, destaca a Arezzo, está sujeito a satisfação de determinadas condições, incluindo a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).