A Arábia Saudita, que é a maior exportadora de petróleo do mundo, alertou na segunda-feira (21) que os ataques de rebeldes iemenitas às suas instalações petrolíferas representam uma “ameaça direta” ao fornecimento global.

Em um comunicado, o ministério das Relações Exteriores afirma que a Arábia Saudita “não terá responsabilidade” se houver escassez de suprimentos devido a ataques dos houthis, apoiados pelo Irã, em uma “ameaça direta à segurança do fornecimento de petróleo em circunstâncias extremamente delicadas para os mercados mundiais de energia”.

Plataformas de petróleo do futuro só vão ter robôs e drones

O país reconheceu no domingo uma queda temporária na produção depois que os houthis atacaram uma refinaria com um drone e pediu que a comunidade internacional a “manter-se firme” contra os insurgentes.

Os preços do petróleo ficaram acima de US$ 100 o barril nas últimas semanas, impulsionados pela invasão russa da Ucrânia. Nesta segunda-feira o Brent subiu mais de 4%, atingindo os 112 dólares por barril.

O ataque de drones à refinaria Yasref na cidade de Yanbu, no Mar Vermelho, “causou uma queda temporária na produção”, disse o Ministério da Energia saudita no domingo, embora tenha garantido que a queda “será amenizada pelo estoque”.

Os houthis, apoiados pelo Irã e contra os quais a Arábia Saudita lidera uma coalizão militar no Iêmen, atacam continuamente o país, incluindo instalações da gigante de energia Aramco.