A Nike anunciou mudanças na sua política de licença maternidade depois se sofrer críticas sobre a falta de amparo para as atletas que decidirem engravidar. A companhia afirmou que aumentará de 12 para 18 meses o pagamento de patrocínios para as esportistas que tiverem filhos. A medida entrará em vigor imediatamente.

A mudança foi anunciada meses depois de as corredoras Aliysia Montaño, Kara Goucher, Phoebe Wright e Allyson Felix protestarem contra as políticas de patrocínio da Nike para mulheres grávidas. Em entrevista ao New York Times, Montaño afirmou que a empresa anunciou que suspenderia o seu patrocínio durante o período de gravidez.

A corredora Allyson Felix chegou a encerrar o contrato com a Nike depois de a empresa não garantir uma renovação de patrocínio caso seu desempenho como atleta fosse prejudicado pela gestação. A mulher ainda disse que se sentiu pressionada para voltar as atividades físicas o mais rápido possível após dar a luz.

“Nós atletas temos muito medo de dizer publicamente que se tivermos filhos corremos o risco de que nossos patrocinadores cortem o salário durante nossa gravidez e depois. É um claro exemplo de uma indústria esportiva onde as regras são feitas majoritariamente por homens”, afirmou.

A Nike chegou a ser intimida pelo Congresso dos EUA para dar explicações sobre possíveis posturas discriminatórias, em maio desde ano. À época, o executivo Mark Parker afirmou que a empresa adotaria medidas para sanar o problema.