As bolsas europeias operam em alta desde a abertura dos negócios desta sexta-feira, buscando se recuperar após acumularem perdas nos dois pregões anteriores em meio a temores sobre uma possível recessão e a disputa comercial entre Estados Unidos e China.

O avanço na Europa vem também após um dia positivo na Ásia, onde a maioria dos mercados acionários fechou em alta após a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China anunciar hoje que Pequim irá lançar um plano para impulsionar a renda disponível da população, em mais um esforço para apoiar o crescimento da segunda maior economia do mundo.

Apesar do tom positivo no continente europeu, investidores continuam monitorando os juros dos Treasuries e desdobramentos da rixa comercial sino-americana.

Ontem, o rendimento do T-bond de 30 anos renovou mínima histórica e o da T-note de 10 anos atingiu o menor nível em três anos. A queda histórica nos juros dos Treasuries veio depois que os rendimentos das T-notes de 10 e 2 anos se inverteram temporariamente na última quarta, num fenômeno do mercado de bônus que é historicamente visto como um confiável indicador de recessões econômicas.

Quanto à perspectiva comercial, a China disse ontem que terá de tomar “as contramedidas necessárias” em reação ao plano dos Estados Unidos de tarifar mais produtos chineses a partir de 1º de setembro, mas também expressou o desejo de solucionar suas desavenças comerciais com a Casa Branca por meio do diálogo.

A agenda europeia de indicadores de hoje trouxe apenas a balança comercial da zona do euro, que em junho teve superávit de 17,9 bilhões de euros no cálculo ajustado, menor que o saldo positivo de 19,6 bilhões de euros de maio, segundo dados da Eurostat. As exportações dos 19 países que formam o bloco caíram 0,6% em junho ante maio, mas as importações subiram 0,3% no período.

Às 7h22 (de Brasília), a Bolsa de Londres – que hoje abriu com atraso devido a um problema técnico – subia 0,55%, enquanto a de Paris avançava 1,03% e a de Frankfurt se valorizava 0,99%. Já em Milão, Madri e Lisboa, os ganhos eram de 1%, 1,01% e 0,44%, respectivamente.

No mercado de câmbio, o euro se enfraquecia a US$ 1,1081, de US$ 1,1112 no fim da tarde de ontem, mas a libra seguia a direção oposta, avançando para US$ 1,2156, de US$ 1,2111 ontem. Com informações da Dow Jones Newswires.