O dólar registrou máximas há pouco, a R$ 5,6271 (-0,66%) no mercado à vista, e a R$ 5,6340 (+0,19%) no contrato futuro de abril. Ambos os preços já voltaram a recuar. Há pouco, o dólar à vista caía 1,01%, a R$ 5,6096. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagem, diz que passada a animação com a aprovação em primeiro turno da PEC Emergencial, “sem grandes mudanças e sem causar susto”, o mercado começa a olhar o cenário externo ruim, afirma, citando ainda que há um compasso de espera por fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, no começo da tarde (14h05).

“Os juros dos Treasuries têm alívio e recuam hoje,, mas seguem perto ainda dos maiores patamares do ano sem uma definição sobre o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão pelo Senado americano”, observa a fonte.

Nagem afirma ainda não acreditar que o destaque apresentado pela oposição à PEC Emergencial vá para a frente na votação em segundo turno. O destaque mencionado visa excluir do texto o limite de R$ 44 bilhões para o crédito extraordinário do novo auxílio emergencial.

Se a sugestão for aprovada, a despesa ficará sem limitação, abrindo margem para o governo aumentar o valor das parcelas do benefício.

Segundo Nagem, a precificação de alta da Selic neste mês na curva de juros ajuda ainda a apoiar a queda do dólar ante o real, pelo potencial de atratividade de capitais estrangeiros, principalmente quando vier a ser aprovado o novo pacote de estímulos nos EUA pelo Senado.