A Wirecard, processadora de pagamentos alemã, entrou com um pedido de falência menos de uma semana depois de ser acusada de fraude contábil. Foi descoberto um rombo 1,9 bilhão de euros (cerca de R$ 11,3 bilhões) no balanço da empresa, o que levou o seu fundador e ex-CEO, Makus Braun, a prisão.

Em comunicado divulgado hoje (25) pela CNN, a empresa informou que abriu os processos legais para o pedido em Munique, na Alemanha. A decisão se dá “devido à falência iminente e ao endividamento excessivo”. As ações da empresa já perderam 90% de seu valor de mercado.

+ Wirecard perde R$ 7,4 bi em valor de mercado após fundador ser preso e pagar fiança de R$ 29 mi
+ Wirecard compra brasileira Moip por R$ 165 milhões

A Wirecard disse também que seus banqueiros ameaçavam pedir empréstimos no valor de 1,3 bilhão de euros até 1º de julho e, na ausência de um acordo com os credores, seu futuro não poderia ser garantido.

Braun, que foi libertado sob fiança de 5 milhões euros (R$ 29 milhões), sugeriu que a Wirecard possa ser vítima de fraude. Procurados pelo CNN, o executivo e seu advogado não comentaram o caso.