A promulgação de parte da PEC dos Precatórios está deixando credores do governo federal preocupados. De acordo com o texto, o governo federal não terá prazo para pagar os precatórios (títulos de dívidas do governo provenientes de decisões judiciais).

Para especialistas, se o credor estiver precisando dos recursos imediatamente, a dica é vender, mesmo com o deságio do mercado – que costuma variar entre 30% e 40%.

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Diante do cenário de incertezas, a dica de especialistas é avaliar a real necessidade dos valores para definir o que fazer. “Quem tem título e está precisando de dinheiro é uma opção fazer a venda do precatório”, avalia Caio Mastrodomênico, analista político e financeiro e CEO da Vallus Capital.

Gustavo Bachega, presidente do Instituto Brasileiro de Precatórios, destaca que a decisão de vender precatórios é muito relativa e depende de cada caso. “Isso é muito relativo, sempre aconselhamos quem não precisa (do dinheiro com urgência) segurar, inclusive o (precatório) federal em evidência por causa da PEC”, diz Bachega ao destacar que se a pessoa tem necessidade imediata, a venda pode ser uma alternativa.

Ele lembra que com a publicação da PEC, o precatório federal passará a não ter data para ser pago. “Após a promulgação da PEC, se for sem data de pagamento, pode ser uma oportunidade para fazer caixa rápido”, avalia.

O texto da PEC prevê a possibilidade de fazer acordo com a própria União, com deságio de até 40%. Também há a possibilidade de vender para terceiros interessados.