O presidente da República, Jair Bolsonaro, criticou governadores por criarem programas próprios de auxílio emergencial. O benefício do governo federal acabou em dezembro e só deve ser retomado em abril, conforme apuração do jornal O Estado de S. Paulo e do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Na próxima segunda-feira, 15, o Congresso deve promulgar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial, que autoriza o novo pagamento pela União.

Além de criticar os auxílios, o chefe do Planalto também voltou a se manifestar contra as medidas de isolamento. Para especialistas e autoridades sanitárias, porém, o lockdown é a única medida a ser adotada para conter o avanço da covid-19 antes de a população ser vacinada. Além disso, o auxílio financeiro foi criado como renda para que as pessoas façam o isolamento social.

“Pessoal vai devagar, devagar, tirando seus meios, tirando sua esperança, tirando teu ganha-pão, você a passar a ser sustentado pelo Estado. Você viu que tem governador agora falando em auxílio emergencial? Querem fazer o Bolsa Família próprio”, disse Bolsonaro em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, durante a manhã desta sexta-feira, 12. “Quanto mais gente vivendo de favor do Estado, mais dominado fica esse povo.”

Conforme o jornal O Estado de S. Paulo informou em fevereiro, governadores e prefeitos criaram ou prorrogaram programas próprios para atenuar a ausência de renda e o desemprego acentuados com a pandemia de covid-19.

A iniciativa ocorreu em cidades de ao menos 14 Estados diante da incerteza sobre a renovação do auxílio emergencial do governo federal.

Apesar da crítica ao “favor” estatal, o presidente da República anunciou nos últimos dias uma nova rodada do benefício com quatro parcelas de R$ 250 em média.