A novela envolvendo o governo dos Estados Unidos e a Huawei ganhou mais um episódio. Após novas acusações contra a gigante de telecomunicações por roubo de segredos comerciais e de ajudar ilegalmente o Irã a rastrear manifestantes antigoverno, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, pediu nesta sexta-feira (14) que os Estados Unidos  parem de perseguir companhias chinesas.

Segundo a Reuters, a investigação dá conta de que a Huawei foi acusada de conspirar para roubar segredos comerciais de seis empresas de tecnologia nos Estados Unidos e de violar uma lei de extorsão usada para combater o crime organizado.

Em Pequim, o porta-voz do ministério rebateu as acusações do governo norte-americano, classificando-as como “sem motivo”. Tais ações prejudicam a credibilidade e imagem do País, disse Shuang.

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Além do caso de espionagem, segundo uma das denúncias listadas pela Reuters, em 2009 a gigante global de telecomunicações teria ajudado o governo iraniano com a instalação de equipamentos de vigilância. O objetivo era monitorar, identificar e deter manifestantes durante as manifestações antigoverno daquele ano.

O governo Donald Trump já impôs uma série de medidas que visam barrar acordos comerciais envolvendo a Huawei e empresas norte-americanas. Nos últimos dias tentou frear governos de outros países a negociarem a implementação da tecnologia 5G, da qual a empresa de telecomunicações é principal desenvolvedora.