O dólar fechou em alta nesta segunda-feira, 11, após inverter a queda e subir durante a tarde diante da entrada massiva de fluxo de importadores, além de um movimento técnico de zeragem de posições, de acordo com profissionais do mercado. Pela manhã, a moeda americana operou em leve baixa em meio a um cenário externo mais tranquilo, expectativa com a votação da reforma da Previdência em outubro.

Após sete pregões seguidos de queda, o dólar avançou depois de encontrar suporte no patamar de R$ 3,08. De acordo com o diretor da Correparti, Ricardo Gomes da Silva, não houve movimento comprador pela manhã, uma vez que o importador operou na expectativa para ver qual leitura o mercado faria em relação aos acontecimentos políticos do final de semana, com destaque para a prisão do empresário Joesley Batista e do executivo Ricardo Saud, da J&F. “Depois que o importador viu que o otimismo manteve o dólar no patamar dos R$ 3,08, ele encontrou espaço para compra”, destacou o diretor.

O movimento de compra levou a moeda americana até o patamar de R$ 3,10. “No entanto, este nível não deve ser facilmente ultrapassado porque abre espaço para venda de exportador”, explicou Gomes da Silva, acrescentando que este é um patamar considerado confortável pelos investidores.

O operador da corretora Multimoney Durval Corrêa observou também um movimento de zeragem de posições. “Tivemos pela manhã muita entrada de investidor estrangeiro com destino à bolsa, que atingiu patamar histórico. À tarde, porém, vimos alguns deles zerando posições, após terem ganhado bastante, o que contribuiu para o movimento altista do dólar”, pontuou.

Ainda que o dólar tenha terminado em alta, o cenário externo e interno segue positivo. Os especialistas do mercado destacaram otimismo com a reforma da Previdência depois que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, repetiu que as discussões sobre a reforma foram retomadas. “A expectativa é que a reforma seja votada no Congresso em outubro”, escreveu o ministro em sua conta no Twitter.

Nos EUA, a moeda americana avançou diante da redução das tensões relacionadas à Coreia do Norte, depois que nenhum teste nuclear foi realizado durante o final de semana. Além disso, o furacão Irma atingiu a Flórida de forma menos intensa do que era esperada, o que levou o mercado a projetar que os custos para a economia do país serão menores.

No mercado à vista, o dólar fechou em alta de 0,39%, aos R$ 3,1052. O giro financeiro somou US$ 1,81 bilhão. Na mínima, a moeda ficou em R$ 3,0792 (-0,83%) e, na máxima, aos R$ 3,1062 (+0,38%).

No mercado futuro, o dólar para outubro subiu 0,45%, aos R$ 3,1100. O volume financeiro movimentado somou US$ 13,91 bilhões. Durante o pregão, a divisa oscilou de R$ 3,0940 (-0,06%) a R$ 3,1150 (+0,61%).