Após dois anos seguidos de diminuição do número de empregos, a economia brasileira voltou a gerar postos de trabalho com a abertura de 221,392 mil vagas de emprego formal em 2017, de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), divulgada nesta sexta-feira, 28, pelo Ministério do Trabalho. A reação do emprego ocorreu com os empregados estatutários do setor público, já que o regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) continuou em queda. Em 2016, o País havia destruído 2 milhões de postos de trabalho pelos parâmetros da Rais.

Com o resultado, houve aumento de 0,48% no estoque de trabalhadores em 2017, na comparação com o ano anterior. O estoque de empregos no País aumentou de 46,060 milhões para 46,281 milhões no período. Apesar do ligeiro aumento, o estoque de empregos ainda está longe do pico recente observado em 2014, quando o Brasil contabilizava 49,571 milhões de postos de trabalho.

Divulgada anualmente, a Rais traz um universo mais abrangente de dados que o publicado mensalmente no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Além dos trabalhadores celetistas, o relatório também abrange todas as categorias de servidores do setor público.

Na comparação com 2016, o número de empregados estatutários do setor público aumentou em 4% com a geração de 344,518 mil postos, para 8,935 milhões de trabalhadores. O contingente de trabalhadores contratos sob a CLT, ao contrário, caiu 0,7% no ano com encerramento de 257,954 mil vagas, para 36,322 milhões de pessoas.

Salário

O levantamento mostra ainda que a remuneração média mensal dos trabalhadores voltou a crescer. Em relação a dezembro de 2016, houve aumento de 2,1%. Nessa comparação, a remuneração média dos empregados no País subiu em R$ 61,64, para R$ 2.973,23.

Com relação aos setores da economia, a administração pública liderou a criação de vagas com 369,175 mil novos empregos. Em seguida, apareceram a agropecuária com 24,833 mil novos trabalhadores e os serviços, com 63,793 mil vagas. Por outro lado, a construção civil teve o pior desempenho com queda de 7,4% no número de empregos e foi seguida por extração mineral (-8,994 mil vagas) e serviços indústrias de utilidade pública (-4 mil).

Por Estado, Tocantins liderou, proporcionalmente, a criação de postos de trabalho com aumento de 6,1% em relação a 2016, para 281,474 mil empregos formais. Em seguida, aparecem Roraima com crescimento de 5,8% (para 100,377 mil empregos) e Goiás com expansão de 4,60% (para 1,515 milhão).

Na outra ponta do ranking por Estados, o Rio de Janeiro liderou a queda no número de empregos com destruição de 2,8% dos empregos, para 4,044 milhões de postos. O Rio é seguido por Alagoas, com queda de 0,70% (para 486,763 mil empregos) e São Paulo que registrou redução de 0,50% (para 13,128 milhões).