A mulher de Fabrício Queiroz, Márcia Oliveira de Aguiar, colocou na manhã desta sexta-feira, 17, a tornozeleira eletrônica que vai monitorar sua prisão domiciliar. Há uma semana em casa, ela demorou a colocar o equipamento porque estava foragida até a semana passada e precisou aguardar etapas burocráticas da Justiça.

Márcia passou cerca de 25 minutos na central da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) em que a tornozeleira é inserida, no Centro do Rio. Usava máscara e óculos escuros.

A intimação que lhe deu 24 horas para colocar o instrumento de fiscalização saiu na quinta-feira do Tribunal de Justiça do Rio. Antes, na terça-feira, o Judiciário já havia expedido o mandado de prisão domiciliar, com base na decisão do Superior Tribunal de Justiça que concedeu ao casal o direito de ficar em casa.

Assim como Queiroz, Márcia é acusada de tentar fugir das investigações sobre as “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio.

Ela é uma das funcionárias tidas como “fantasmas”, que repassavam parte dos salários para o parlamentar. Seu marido seria o operador do esquema.

Ambos foram alvo de prisão preventiva no dia 18 de junho deste ano. Márcia fugiu, mas Queiroz chegou a ser detido.

No início deste mês, o jornal O Estado de S. Paulo revelou mensagens inéditas contidas no celular de Márcia que mostravam como a família de Queiroz lidava com Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio que escondeu o ex-assessor em Atibaia.

O jornal também noticiou a existência de uma espécie de caderneta-guia com orientações de Queiroz a Márcia caso ele fosse preso – havia nela, por exemplo, contatos da família Bolsonaro.