SÃO PAULO (Reuters) – O mobizapSP, aplicativo de transporte lançado pela prefeitura de São Paulo para competir com empresas como Uber e 99, entrou em operação nesta quinta-feira com o objetivo de aumentar a participação dos motoristas particulares e táxistas cadastrados nos valores cobrados e sem as tarifas dinâmicas nos horários de pico.

Lançada no começo de março, a plataforma está disponível a partir desta quinta para corridas a partir de São Paulo, sendo possível inclusive ir para outras cidades. O aplicativo já soma 23.224 usuários e 25.866 motoristas cadastrados no primeiro dia de uso, segundo a prefeitura.

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Os motoristas terão uma cobrança fixa de 10,95% sobre cada corrida, diferente das taxas dinâmicas que podem variar de acordo com o horário e distância percorridos entre 5% até 40% em outros aplicativos, podendo ultrapassar 60% em alguns casos, segundo a Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo (Amasp).

A plataforma será operada pelo Consórcio 3C, formado pelas empresas CLD, Consilux Consultoria e Construções Elétricas, e CSX Inovação, que poderão explorar a licença do aplicativo por cinco anos após ganhar uma licitação.

A Prefeitura de São Paulo não repassa verbas para o aplicativo, recebendo somente os impostos municipais, disse o consórcio em nota.

A Amobitec, que representa empresas do setor como Uber e 99, disse que considera saudável para o mercado de transporte individual de passageiros o aumento do nível de concorrência no setor, e que espera que o consórcio se enquadre nas mesmas regras que as empresas privadas.

“As plataformas associadas cumprem rigorosamente as regulamentações federal e municipal, inclusive contribuindo com todos os impostos e taxas cabíveis, e espera que os mesmos sejam cobrados de qualquer empresa que entre na atividade”, disse a associação em nota.

 

(Por Beatriz Garcia)

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