Aos 116 anos, a Harley-Davidson percebeu que motos arrojadas e motores barulhentos já não fazem mais a cabeça das novas gerações. A saída para se manter competitiva foi olhar para as empresas mais jovens, como a Lime e Uber, e se reinventar em um mercado que preza cada vez mais para o simples e prático.

A onda dos transportes compartilhados, como bicicletas e patinetes elétricos (lá fora chamados de scooters) pode ser uma saída para a Harley-Davidson. Cada vez mais as empresas de mobilidade estão preocupadas em oferecer produtos com segurança, e nada melhor que uma marca centenária de motocicletas para garantir a qualidade destes serviços.

“É uma grande oportunidade”, disse Marc McAllister, vice-presidente de portfólio de produtos da Harley-Davidson à CNN. “Para as pessoas que estão usando a Bird ou Lime hoje, como podemos dar a elas uma experiência muito melhor, com a marca e o estilo de vida da Harley-Davidson?”.

No início deste ano, a montadora de motocicletas divulgou dois vídeos com protótipos de motocicletas elétricas e de pequeno porte. Este pode ser um sinal do novo caminho traçado pela Harley-Davidson após quatro anos consecutivos de queda nas vendas. Porém, seja o que a companhia esteja tramando, McAliister faz mistério e não confirma quando ou como os novos protótipos finalmente chegarão aos consumidores.

O anuncio do seu primeiro modelo elétrico, o  LiveWire, no fim do ano passado também representa a expansão da companhia de motos para novos mercados. O modelo foi apresentado durante a EICMA Motorcycle Show, na Itália, com previsão para ser oficialmente lançado neste ano. A linha LiveWire deve ser o primeiro de uma série de motocicletas elétricas projetadas pela lendária marca até 2022.