Neste sábado (31), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido para realização de estudo fase 1 e 2 da vacina SpiNTec, desenvolvida pela equipe do CTVACINAS, uma parceria entre a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Exequiel Dias (Funed).

A solicitação para autorização do estudo clínico foi enviada nesta sexta-feira (30). Segundo os procedimentos da Anvisa, a análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais.

De acordo com comunicado, antes do pedido formalizado, a Anvisa já havia realizado reuniões prévias para orientações e esclarecimentos aos desenvolvedores da vacina. A última reunião foi realizada no dia 14 de junho, quando a Agência discutiu com os pesquisadores da vacina sobre o andamento dos testes.

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A UFMG disse ao G1 que as duas fases serão desenvolvidas concomitantemente e estão previstas para setembro. A primeira, com 40 voluntários, tem o objetivo de avaliar a segurança da vacina. Enquanto a fase 2, que vai reunir de 150 a 300 voluntários, busca comprovar a capacidade de imunização da vacina.

Devem ser convocados voluntários que já receberam duas doses da vacina CoronaVac há pelo menos seis meses. A ideia é avaliar a capacidade de resposta imunológica do organismo à terceira dose de um imunizante.

A expectativa é que a Spintec esteja disponível em 2022. A etapa de testes clínicos da Spintec conta com recursos da Prefeitura de Belo Horizonte, que vai repassar R$ 30 milhões até o final do ano à universidade e de R$ 3 milhões de emendas parlamentares.