BRASÍLIA (Reuters) – A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta sexta-feira ter recebido uma nova documentação referente ao pedido de importação para uso emergencial da vacina russa Sputnik V feito pelos estados do Nordeste do país.

“A documentação adicional foi apensada ao processo de solicitação de importação da vacina e ainda será avaliada pela Anvisa como parte do novo pedido de importação pelos estados da Bahia e do Maranhão”, disse o órgão, em comunicado.

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Atualmente, a Anvisa avalia um pedido de importação do imunizante realizado pelo Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central, além de um segundo pedido feito pelos estados da Bahia, Maranhão, Ceará, Sergipe e Pernambuco.

No final do mês passado, o órgão regulador brasileiro decidiu rejeitar, por unanimidade, pedido de importação da Sputnik V, alegando falta de informações suficientes para garantir a segurança, a qualidade e a eficácia do imunizante. A agência citou a presença de adenovírus replicante na vacina como um dos principais pontos críticos observados pela área técnica na análise do imunizante.

Em nota, governadores do Consórcio Nordeste disseram estar otimistas e esperam uma aprovação rápida da Sputink V a partir da entrega de novos documentos.

“O documento entregue nesta sexta-feira à Anvisa é o último que faltava. Agora, esperamos que o órgão de vigilância sanitária brasileiro cumpra a Lei 14.124/21, que autoriza a importação excepcional de imunizantes já aprovados em outros países e dê seu parecer favorável para o uso da vacina Sputnik V no Brasil”, disse o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador da temática de vacinas contra a Covid-19 no Fórum Nacional de Governadores.

 

(Reportagem de Ricardo Brito)

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