A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou nesta sexta-feira (28), com unanimidade de seus diretores, a venda de autotestes de Covid-19 no Brasil após a definição de uma política de uso pelo Ministério da Saúde. A medida ainda será publicada no Diário Oficial da União (DOU), e as empresas interessadas no comércio do produto devem pedir registro à Agência.

Como os autotestes liberados são de antígenos, feitos a partir de coleta de material orgânico no fundo da boca e do nariz e busca sinais de anticorpos gerados após a infecção, eles não serão considerados como casos confirmados de Covid-19 caso o resultado aponte positivo.

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O autoteste serve apenas como uma triagem a um atendimento médico ou à confirmação com o teste de RT-PCR – considerado “padrão ouro”, mais preciso por detectar o material genético do coronavírus. Mesmo assim, o autoteste é importante pois torna mais ágil a detecção e a necessidade de isolamento do paciente.

Com sensibilidade para detectar antígenos entre 40% e 60%, o autoteste (cujo resultado fica pronto em 15 minutos) é indicado para ser usado nos primeiros dias de infecção. O Ministério da Saúde ainda vai incluir orientações sobre o uso dos autotestes em uma nova versão do Plano Nacional de Expansão de Testagem para Covid-19.

A Anvisa, por sua vez, incentiva as empresas que irão comercializar o autoteste a informarem os resultados dos usuários na internet. O autoteste será vendido apenas nas farmácias e não terá distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O esquema de testagem já é utilizado amplamente em países da Europa e nos Estados Unidos, onde custa, em média, U$ 20 (R$ 108). Na Inglaterra, o produto é distribuído gratuitamente pelo sistema público de saúde.