A eficácia de 91,6% da vacina russa Sputnik V animou a comunidade científica, médicos e a população de modo geral mundo afora. No Brasil, não foi diferente. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que “se a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovar, compraremos a Sputnik”. No entanto, a aprovação pelo órgão regulador brasileiro ainda pode levar algum tempo.

Mesmo com o alto índice de eficácia, a Anvisa ainda aguarda documentos para analisar o uso emergencial de mais essa vacina. Por enquanto, o País tem dois imunizantes com aprovação de uso emergencial e que já estão sendo aplicados aos grupos prioritários, a Coronavac, do Instituto Butantan, e a vacina de Oxford com a AstraZeneca.

+ O novo papel da vacina russa no arsenal global contra a covid-19

Nesta terça-feira (2), a Anvisa divulgou comunicado afirmando que a publicação de um estudo clínico em revista científica de referência é uma boa notícia. “Entretanto, para se concluir sobre a eficácia e segurança da vacina, a autoridade reguladora precisa ter acesso aos dados completos gerados nos estudos não clínicos e clínicos fases I, II e III”, diz a nota.

“Quanto ao status do processo de solicitação de anuência para a condução dos estudos clínicos Fase III no Brasil, que é um dos pré-requisitos para se pleitear a autorização de uso emergencial da vacina no Brasil, o processo que analisa a vacina Sputnik continua aguardando o cumprimento de exigências técnicas pela empresa”, afirma a Anvisa no comunicado.

No início da noite desta terça-feira, a Anvisa publicou um complemento à nota oficial informando que “o laboratório União Química informou à agência que a vacina que pretende trazer para uso emergencial terá o mesmo padrão de temperatura e conservação da desenvolvida na Rússia e que teve dados publicados na revista The Lancet.”

Vale destacar que condição de temperatura e conservação indicada da vacina russa é de –18C.