Mark Karpelès, ex-diretor da operadora de bitcoins Mt. Gox, que faliu em 2014, após um roubo, deseja criar uma agência de classificação de risco no setor das criptomoedas.

“Experimentei quase todos os problemas que pude encontrar em uma plataforma de câmbio (…) acumulei muita experiência em criptomoedas. Meu objetivo é que (o que ocorreu com a Mt. Gox) não volte a acontecer”, disse o empresário francês, que vive no Japão, em uma coletiva de imprensa em Tóquio.

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No início de 2014, um roubo de bitcoins que tinham o valor de quase 470 milhões de dólares obrigou a Mt. Gox a declarar falência. No momento, a empresa japonesa era a principal plataforma mundial de transações nessa moeda virtual.

Karpelès, conhecido, na época, como o “barão do bitcoin” passou quase um ano em prisão preventiva no Japão, onde se suspeitava que havia desviado fundos em benefício próprio.

Ele sempre se declarou inocente e foi condenado, em 2019, a dois anos e meio de prisão com suspensão condicional da pena por manipular dados eletrônicos, mas foi absolvido da maioria das demais acusações. Sua condenação foi confirmada na apelação em 2020.

Agora ele deseja criar a Ungox, no terceiro semestre de 2022, que vai avaliar os níveis de risco de diferentes plataformas e projetos em criptomoedas.

“Resta muito por fazer em matéria de segurança” nas transações de criptomoedas, destacou Karpelès, ao citar o recente roubo de 600 milhões de dólares da rede Ronin, utilizada para o jogo online Axie Infinity.