Pesquisadores da Universidade Austral do Chile, em colaboração com cientistas australianos e europeus, descobriram que o anticorpo da alpacas é capaz de neutralizar o SARS-CoV- sul-africano, britânico e brasileiro.

200 milhões de pesos foram aprovados pelo Conselho Regional de Los Ríos, no Chile, para contribuir na continuação das pesquisas realizadas pela equipe científica do Laboratório de Biotecnologia da Universidade Austral do Chile, para o desenvolvimento de um tratamento contra covid-19 baseado em anticorpos de alpaca e que pode ser implementado na América Latina, em apoio à crise de saúde. O desenvolvimento do anticorpo ainda está em fase pré-clínica, por falta de recursos financeiros.

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O Dr. Alejandro Rojas, pesquisador da Universidade Austral que está conduzindo a pesquisa, destacou que “em um ponto nos deparamos com a questão de continuar ou não com a pesquisa, mas resultados recentes que obtivemos com a Universidade de Queensland, na Austrália, com quem trabalhamos em colaboração, mostrou que o anticorpo é capaz de neutralizar as variantes sul-africana e britânica, além de se ligar fortemente à proteína Spike da variante brasileira, de modo que podemos prever um efeito neutralizante nesta última variante, que será avaliada nas próximas semanas, por isso retomamos o projeto com mais força”.

Além disso, pesquisadores chilenos encontraram propriedades extraordinárias em termos de estabilidade e expressão do anticorpo, para que ele seja produzido em escala global e disponibilizado à população um tratamento que bloqueia a replicação do vírus, reduzindo a mortalidade e o contágio , por meio de uma terapia de baixo custo.

A equipe espera concluir os ensaios de eficácia e toxicidade para apresentar os antecedentes ao Instituto de Saúde Pública (ISP), para a implementação de um estudo clínico de Fase 1 que testa a segurança do antiviral em pacientes e posteriormente o executa na Fase 2a. com pacientes infectados com SARS-CoV-2.