O ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) comparaceu nesta quinta-feira, 4, à Polícia Civil do Rio para concluir o retrato falado do homem que, segundo ele, o agrediu com um taco de beisebol dentro da Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio. A agressão, de acordo com a versão do ex-governador, teria ocorrido na madrugada de 24 de novembro.

Garotinho fez a denúncia logo após a suposta agressão. O retrato falado, porém, não havia sido concluído, segundo ele, por causa de uma pane no sistema operacional da Secretaria de Administração Penitenciária, ocorrida enquanto o desenho era feito.

“O retrato estava praticamente pronto. Estávamos em Bangu e faltava apenas colocar o nariz quando o sistema deu pane, e estamos há mais de 30 dias querendo completar o nariz”, afirmou o ex-governador nesta quinta.

As câmeras de segurança do presídio não indicaram a entrada de outras pessoas na cela em que Garotinho estava nem qualquer movimento anormal no estabelecimento.

O ex-governador foi preso em 22 de novembro, acusado de corrupção, organização criminosa e crimes eleitorais. Ele permaneceu detido até 21 de dezembro, tendo passado pela cadeia de Benfica e também pelo complexo penitenciário de Bangu, na zona oeste.

No dia 25 de novembro Garotinho narrou a suposta agressão. Segundo ele, um homem com cerca de 1,70 m de altura, armado com um taco de beisebol e uma pistola, entrou na cela em que o ex-governador estava sozinho. Com o taco, o agressor teria desferido uma paulada no joelho direito do ex-governador e espremido os dedos de seu pé direito.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que averigua também a hipótese de Garotinho ter se ferido propositalmente. “Pelo que se vê fui punido três vezes. Primeiro com a prisão injusta. Segundo com a agressão. E terceiro com a versão da ‘auto lesão'”, escreveu o ex-governador em seu blog, na quarta-feira, 3.