A Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou nesta semana, que, antes da pandemia do novo coronavírus, sete em cada dez doenças que causaram mais mortes em 2019 eram não transmissíveis, principalmente as cardiopatias.

Isso é quase o dobro do que era em 2000, quando apenas quatro doenças não transmissíveis estavam na lista das dez mais letais, aponta um relatório de uma agência da ONU que cobre o período de 2000 a 2019.

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Em 2020, a pandemia da covid-19, que começou na China há um ano e desde então causou mais de 1,5 milhão de mortes registradas oficialmente e centenas de milhões de doentes, pode mudar essa classificação.

No entanto, o balanço de vidas humanas continua sendo muito menor em comparação com a morte de quase nove milhões de pessoas por doenças cardíacas no ano passado.

A OMS ressalta que “as doenças cardíacas representam agora 16% de todas as causas de mortalidade”.

O fato de as doenças não transmissíveis ocuparem um lugar de destaque na lista “ressalta, claramente, a necessidade de intensificar os esforços de prevenção e tratamento de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas”, explica a OMS.

Esses números “ressaltam a urgência de melhorar drasticamente o sistema de atenção primária da saúde de maneira equitativa e holística”, afirmou o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

“Um sólido sistema de atenção primária à saúde é, sem dúvida, a base sobre a qual tudo se assenta: desde a luta contra as doenças não transmissíveis até a gestão de uma pandemia”, insistiu.