Uma enorme anomalia no campo magnético da Terra surgiu em acima da região da América do Sul e uma parte da África. Esse fenômeno é monitorado pela NASA, está crescendo e pode vir a se tornar um problema.

Uma anomalia do campo magnético da Terra significa que, naquela região, a intensidade do campo é menor, e isso deixa o planeta mais ‘desprotegido’ contra diversas radiações, inclusive a solar. O campo magnético possibilita a existência de vida na Terra.

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Diariamente somos bombardeados por radiação. O campo magnético barra grande parte dessas ondas eletromagnéticas, que em excesso podem ser muito prejudiciais para os seres humanos. Além de serem cancerígenos, eles podem destruir a atmosfera. E é por isso que Marte só tem 1% da densidade da atmosfera terrestre – seu campo magnético já se foi.

O campo magnético é formado com a movimentação do ferro e níquel dentro da Terra. Marte é quase dormente nesse quesito, e seu quase insignificante campo magnético é gerado pelas interações dos próprios ventos solares.

Uma das maiores preocupações com relação aos ventos solares é sobre a tecnologia. Os equipamentos eletrônicos poderiam ser destruídos no caso de uma tempestade solar muito forte – e os satélites seriam os mais afetados. Esse deve ser, portanto, o principal motivo que leve a NASA a ficar tão atenta.

A perturbação parece estar se dividindo em duas bolhas. Um estudo publicado em agosto de 2020 percebeu que isso pode ser os primeiros sinais de um fenômeno recorrente: a inversão magnética.

A inversão magnética ocorre quando os pólos magnéticos de invertem ao ponto de o sul ficar onde hoje é o norte magnético, e já estamos vendo essa mudança lentamente. Entretanto, essa anomalia pode significar uma mudança mais rápida do que esperamos, gerando diversas instabilidades no campo magnético.