O Exército do Sudão do Sul e suas milícias aliadas executaram novas atrocidades, de “brutalidade espantosa”, contra civis durante uma ofensiva de abril a julho na região norte do país, em guerra civil, afirma a ONG Anistia Internacional (AI) em um relatório.

No documento com o título “Tudo o que respirava foi morto: crimes de guerra em Leer e Mayendit”, a AI reúne depoimentos de quase 100 sobreviventes, que falam de civis assassinados indiscriminadamente, enforcados em árvores ou atropelados por veículos blindados, além de estupros se saques.

A ofensiva contra o estado de Unidade, sob controle dos rebeldes, começou e abril e prosseguiu até julho.

Os ataques acabaram com um acordo de cessar-fogo, que permitiu a assinatura, em 12 de setembro, do último acordo de paz, até agora respeitado.

Os acordos de paz anteriores resultaram em fracassos.

O Sudão do Sul declarou independência do Sudão em 2011, mas em dezembro de 2013 entrou em uma guerra civil, um conflito que deixou dezenas de milhares de mortos, quase quatro milhões de deslocados e provocou uma enorme crise humanitária.