Inovação é a palavra de ordem no grupo Ânima Educação. Com mais de 320 mil estudantes e 18 mil educadores, distribuídos em 18 instituições de ensino superior e em mais de 400 polos educacionais por todo o Brasil, a Ânima já vinha se preparando para o modelo híbrido de educação bem antes que a pandemia da Covid-19 tornasse o ensino online uma realidade.

“Há cinco anos, vimos que as empresas estavam saindo da dicotomia de venda online ou presencial, que passou a chamar omnichannel. Percebemos que com a educação não seria diferente, com destaque para a educação híbrida. Entendíamos que no futuro o estudante escolheria como iria usá-la e preparamos a Ânima para esse movimento”, diz CEO da empresa, Marcelo Bueno.

+ Ânima Educação apresenta receita líquida de R$ 2,65 bilhões em 2021

Paralelamente, o grupo educacional percebeu que os estudantes não estavam mais comparando preços das instituições de ensino, mas comparavam prestação de serviços e buscavam uma transformação digital na educação, assim como, já tinha ocorrido com os aplicativos de entrega de comida, como o iFood, ou de transporte de passageiros, como o Uber.

O resultado dessa mudança que começou a acontecer há cerca de cinco anos garantiu uma adaptação rápida ao modelo virtual, quando a pandemia impediu que os alunos fossem às salas de aulas. Agora o grupo se prepara para a volta ao presencial.

“Agora estamos voltando ao modelo presencial, que não vai ser como era. Muitos começaram achar que tudo era EAD, mas o presencial segue importante. A experiência presencial, porém, vai ser diferente, com mais uso de laboratórios, por exemplo. Acredito que haverá uma transformação, e estamos nos preparando para isso, revisitando espaços físicos”, comenta o executivo.

A visão de cinco anos atrás em relação ao ensino híbrido garantiu à Ânima Educação fechar o ano passado com EBITDA ajustado de R$ 802,7 milhões, sendo 113,9% maior que o ano anterior, assim como um lucro líquido ajustado de R$ 111,8 milhões, com alta de 68,2% em relação a 2020.

O grupo educacional apresentou ainda uma receita líquida de R$2,6 bilhões, alta de 86,5% se comparado ano passado, suportada principalmente pela expansão da base de alunos, que cresceu 191,2% versus o ano anterior, oriunda das aquisições.

André Tavares, CFO da Ânima, destaca a forte geração de caixa da companhia. A geração de caixa livre que chegou a R$ 638,3 milhões, representando alta de 79,5% do EBITDA ajustado no período. A forte sinergia com as empresas adquiridas no ano passado, somada à capacidade estratégica de execução são alguns dos fatores que reforçam o crescimento da empresa. Eles devem ser realçados com movimentos concomitantes de avaliação de meios de acelerar o processo de desalavancagem, conforme destaca Tavares.

Bueno comenta ainda que parte importante deste crescimento se deve ao amadurecimento da vertical de medicina, a Inspirali, que ganha cada vez mais representatividade dentro da companhia. No fim de 2021, ganhou um destaque ainda maior após a aliança estratégica firmada com a DNA Capital, na qual aportará R$ 1 bilhão para permitir continuar o desenvolvimento da sua estratégia. A Inspirali representou 25,6% da receita líquida consolidada, alcançando o patamar de R$ 679,1 milhões em 2021.