Comércio, varejo e indústria sempre estiveram no DNA da família Matarazzo. Como coordenador da pós-graduação da FAC-SP, que tipo transformação é possível implementar?
A grande transformação que é possível implementar é justamente através da educação e da inovação. Preparar os jovens para a compreensão das enormes mudanças que já estão ocorrendo no comércio e no varejo, além de prepará-los para conviver com as modificações. A tecnologia e a logística passam a ter papel preponderante, os alunos têm que estar preparados.

Conhecendo os problemas do setor e, também tendo como atividade o campo político, pretende apresentar algum projeto?
Caso eu estivesse de volta no campo da política e no legislativo, sem dúvida nenhuma prepararia projetos que simplificassem os processos burocráticos e regulatórios. A legislação atrasada e obsoleta pode atrasar a evolução tecnológica e prejudicar o consumidor. Só com um sistema regulatório e legislativo compatível com o mundo contemporâneo poderemos reduzir custos.

Que tipo de ações são possíveis para a melhoria da mão de obra nacional do comércio e varejo?
É importante que o ensino seja baseado no desenvolvimento de competências, em que o aluno resolve problemas em salas de aula, estudando casos relevantes. Agora a FAC também oferta ao mercado cursos de Pós-Graduação bastante focados nesse novo momento do varejo: o consumo digital. São programas dinâmicos e completamente atuais.

Comércio e varejo são sempre a porta de entrada ao primeiro emprego. Como transformar essa profissão em uma carreira, com planos e oportunidades?
Acredito que isto já vem ocorrendo pela própria transformação do mercado. Cada vez mais você precisa ter, nos cargos de direção das empresas de varejo, pessoas que tenham sensibilidade e o conhecimento da ponta, isto é, do comportamento dos consumidores.

(Nota publicada na edição 1266 da Revista Dinheiro)