O governo turco condenou com veemência, nesta segunda-feira, o fechamento pelas autoridades israelenses durante dois dias da Esplanada das Mesquitas de Jerusalém, considerando uma medida “absolutamente inaceitável” e um “crime contra a humanidade”.

“Esta decisão é um crime contra a humanidade, é um crime contra a liberdade de culto. Do ponto de vista dos direitos humanos, é absolutamente inaceitável”, declarou nesta segunda à noite o vice-primeiro-ministro e porta-voz do governo turco, Numan Kurtulmus.

A Esplanada ficou fechada na sexta-feira e no sábado após um tiroteio na Cidade Velha de Jerusalém, no qual dois policiais israelenses morreram por disparos de três árabe-israelenses, abatidos depois pelas forças de segurança.

A polícia afirmou que os agressores saíram da Esplanada das Mesquitas, que reabriu no domingo sob alta vigilância e com a instalação de detectores de metal no local.

A Esplanada das Mesquitas, onde fica a mesquita de Al-Aqsa e o Domo da Rocha, é o terceiro lugar sagrado do Islã. Também é venerado pelos judeus como o Monte do Templo.

“É realmente uma decisão inaceitável e ofensiva”, acrescentou Kurtulmus em coletiva posterior a um conselho de ministros em Ancara.