Por David Randall e Gertrude Chavez-Dreyfuss

NOVA YORK (Reuters) – Investidores que estavam em busca de diretrizes claras sobre quando o Federal Reserve (Fed) começará a reduzir suas compras maciças de títulos ficaram de mãos abanando na quarta-feira, e agora toda a atenção estará voltada para a conferência anual de banqueiros centrais de Jackson Hole, em agosto.

O banco central dos EUA tem comprado 120 bilhões de dólares em ativos de renda fixa por mês –80 bilhões de dólares em títulos do Tesouro e 40 bilhões de dólares em títulos lastreados em hipotecas– para apoiar a economia norte-americana enquanto ela se recupera do impacto da pandemia de coronavírus, e os mercados estão centrados em quando o Fed começará a diminuir esse estímulo.

Powell disse em junho que houve discussões iniciais sobre quando começar esse processo.

O Fed, que concluiu dois dias de reunião de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) na quarta-feira, pareceu fazer progresso nessa discussão, embora não haja um cronograma claro.

“O Fed abriu a porta para a redução (de estímulos), mas ele não se prendeu a isso”, disse Scott Kimball, codiretor de renda fixa para os Estados Unidos na BMO Global Asset Management.

“O Fed nos deve uma atualização sobre seu pensamento”, dada a recuperação econômica desde então, disse Kimball.

Rick Rieder, diretor de investimentos de renda fixa global da BlackRock, disse ver o Fed começando a delinear uma redução gradual em Jackson Hole, mas que será mais específico na reunião de definição de política monetária de setembro.

Powell disse estar redigindo um discurso para o evento, mas não quis dar detalhes.

Alguns analistas, como Brian Rose, economista sênior para as Américas da UBS Global Wealth Management, acreditam que o Fed pode anunciar uma redução gradual dos estímulos em dezembro.

(Por Gertrude Chavez-Dreyfuss e David Randall; reportagem adicional de Stephen Culp e Herb Lash)

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