Por Andrew Cawthorne

AL RAYYAN, Catar (Reuters) – O capitão da seleção do País de Gales, Gareth Bale, pareceu frustrado contra os Estados Unidos pela maior parte do primeiro jogo do país em Copa do Mundo desde 1958, mal tocando na bola e menos ainda imprimindo o tipo de impacto inspirador que os torcedores aprenderam a esperar dele.

E, ainda assim, mais uma vez quando parecia que a derrota por 1 x 0 seria certa, nos últimos minutos o jogador de 33 anos, maior artilheiro da história de Gales, foi ao resgate da equipe, usando sua experiência e esperteza para conseguir um pênalti contra uma defesa cansada, e convertendo a cobrança de forma brilhante. 

“Ele nunca nos decepciona, não é?”, disse o técnico Robert Page. O sentimento foi compartilhado pela população galesa, de 3 milhões de pessoas, e não menos pela “Muralha Vermelha”, que cantou seu nome e comemorou o empate como uma vitória no Estádio Ahmad Bin Ali.

O técnico Page merece crédito pela transformação de Gales no segundo tempo. 

Ao trazer o atacante Kieffer Moore para o lugar de Dan James, o técnico conseguiu oferecer o foco necessário para o ataque de Gales, que alterou o equilíbrio da partida contra a jovem seleção norte-americana, que havia dominado o primeiro tempo. 

A mudança também tirou a pressão de Bale, liberando o craque para buscar mais espaço e entrar na área, como o fez quando foi derrubado em seu pênalti aos 37 do segundo tempo. 

Foi o quadragésimo primeiro gol de Bale pela seleção do País de Gales. 

O meia nunca escondeu sua paixão maior pela seleção do que pelo Real Madrid durante os nove anos que passou na capital espanhola, apesar de conquistar cinco títulos na Liga dos Campeões, um deles com um belo gol na final de 2018 contra o Liverpool. 

Certa vez, ele foi fotografado com uma bandeira com uma mensagem atrevida: “Gales, Golfe, Madrid – nessa ordem”.

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