Qual o perfil da gestora e no que ela investe?
A AF Invest começou em 2006 quando a gente criou nossos fundos de renda fixa e de ações. Hoje, a AF Invest tem cerca de R$ 3,5 bilhões sob gestão, parte majoritária desse volume está nos fundos de renda fixa. Atuamos dentro desse universo e, de forma mais específica, trabalhamos no crédito privado. Então, são esses 16 anos de atuação com crédito que fazem a casa ter uma grande expertise na atuação do seu setor.

Na semana passada tivemos a retomada da inflação, com alta de 0,59% do IPCA. Quais papéis da renda fixa podem fazer com que o investidor se proteja da alta dos preços?
Acho que essas duas últimas semanas foram bem voláteis, por isso é bom a gente avaliar. A pessoa que tem 100% em renda variável, por exemplo, toma um susto quando acorda e vê seu patrimônio derretendo 4% em um passe de mágica. É uma surpresa bem desagradável, então o ideal é diversificar. Por isso vemos os papéis indexados à inflação de forma interessante para o investidor.

Vocês poderiam citar três debêntures na carteira?
Vamos explorar empresas que estejam com perfil de crédito interessante e que estejam com um nível de prêmio legal dentro desse contexto. Nessa perspectiva, nós temos ativos da Localiza. Acreditamos que a empresa tem um perfil de risco interessante. A gente está falando de uma empresa triplo A (AAA) e nesse caso é uma marca bem conhecida pelo mercado e que está pagando um spread de mais de 2% (ao ano), superior aos demais. Outro seria o Banco BMG, que está pagando mais ou menos 1,8% (ao ano) de prêmio em cima de um ativo com dois anos de prazo. Por fim, outro ativo seria a Aegea Saneamento. A companhia é de um setor em que a gente acredita e tem geração de caixa estável e receita estável, imagens próprias da estabilidade desse setor.

Quais debêntures o investidor não deve aportar seu dinheiro?
Nesse momento de muita incerteza é preciso realmente evitar as empresas que teriam uma baixa geração de caixa ou que estão no perfil de alavancagem (endividamento) muito alto. Se houver a manutenção desse período de juros mais altos, essas empresas endividadas tendem a não ir tão bem. Por isso acreditamos que o melhor é o investidor não ter essas empresas mais alavancadas na carteira.

NOTAS

Santander atuará em parceria com a Vórtx

A Vórtx informou na segunda-feira (14) que fechou acordo com o Santander para atuação da instituição financeira num fundo líquido da gestora. O mecanismo, a ser executado pelo Santander, é utilizado para dar rotatividade para as cotas durante resgates e aportes. Para o sócio da Vórtx, Osnei Gomes, o acordo foi positivo, visto que os fundos líquidos normalmente ficam com grandes empresas do setor. “Cerca de 100% desse segmento está concentrado em grandes bancos”, afirmou.

Hurst financia produção cinematográfica

A Hurst Capital informou na segunda-feira (14) que lançou sua primeira operação financeira voltada ao cinema. A companhia financia o filme grego, com produção brasileira, Swimming Home. Segundo a diretora responsável pela operação, Ana Gabriela Pereira Mathias, a intenção é transformar a fintech em um ecossistema de investimento em entretenimento. “Na música há grandes conglomerados de mídia com acesso a artistas e catálogos e que investem no segmento. Mas para filmes está bastante escasso”, disse.

Investidores.vc aporta R$ 1,7 mi em startup

A Investidores.vc aportou R$ 1,7 mi na 123Projetei.com em rodada de investimentos de R$ 4 milhões, informou a companhia na segunda-feira (14). A empresa tem foco em soluções tecnológicas de arquitetura e engenharia para obras de residências, comércios e edifícios. A rodada teve empresas como GVAngels e Hangar8. “Atualmente estamos com meta de faturamento de R$ 100 milhões e um valuation de R$ 1 bilhão nos próximos anos”, disse Fundador e CEO da startup, Matheus Chinaglia.

Em alta
26%

Foi a alta registrada pelo Índice de Automação do Consumidor divulgado na sexta-feira (11) pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil. O indicador mede o uso de dispositivos na residência e no trabalho. O nível subiu 26% em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelo home office. A pesquisa levou em conta sete itens diferentes para chegar ao número: acesso à internet, aplicativos, itens pessoais, eletrodomésticos, eletrônicos, residência e veículo.

Em baixa
4

pontos. Foi a queda do Barômetro Econômico Global Coincidente divulgado na última semana pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice ficou em 84,1 pontos e foi impactado principalmente pela região Ásia, Pacífico & África. O barômetro coincidente reflete o estado atual da atividade econômica — e o antecedente dá um sinal cíclico da trajetória futura. “A queda dos barômetros globais em novembro reforça a preocupação com os principais desafios para o nível de atividades nos próximos meses”, afirmou Paulo Picchetti, pesquisador do FGV Ibre.