Lideranças de centrais sindicais defendem a vacinação da população o quanto antes, a continuidade do auxílio emergencial em 2021 e cobram o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a responsabilidade na crise do coronavírus.

O posicionamento foi alinhado nesta terça-feira (5), por videoconferência, na primeira reunião de 2021 do Fórum das Centrais Sindicais – que incluem CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST e CSB.

As centrais desenvolveram um texto em torno de soluções para a crise, que está sendo encaminhado para diversos órgãos, partidos políticos e também há a intenção de realizar uma reunião com o Supremo Tribunal Federal sobre o assunto.

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Confira abaixo as propostas das Centrais Sindicais:

1. Vacina já para todos. Exigir um plano nacional de vacinação, universal e público, estruturado a partir do Programa Nacional de Imunização do Sistema Único de Saúde (SUS), integrando e articulando os entes subnacionais (Estados e Municípios) e o setor privado, em um esforço coordenado para uma execução segundo as prioridades estabelecidas pelo setor de saúde.

2. Manutenção do auxílio emergencial e proteção dos empregos/salários. Prorrogar durante a pandemia o auxílio emergencial de R$ 600,00 e as medidas para pagamento dos salários dos trabalhadores com contrato suspenso ou com redução de jornada de trabalho.

3. Mais Empregos. Articular e implementar medidas com o objetivo de gerar empregos e renda para os milhões de desempregados.

4. Campanhas de solidariedade. É fundamental que toda as entidades sindicais mantenham as campanhas de ajuda solidária, em especial aos mais necessitados, assim como coloque sua estrutura à serviço do sistema nacional de vacinação em cada localidade.

5. Fortalecimento da organização sindical e da negociação coletiva. Recuperar a capacidade de atuação da estrutura sindical.

Articulação

As Centrais Sindicais querem fazer um movimento em vários âmbitos. “Vamos articular com os deputados estaduais e federais, prefeitos que assumiram, Une, OAB, entre outras entidades, para fazer o máximo de pressão contra o governo federal, que tem essa responsabilidade [de enfrentar a crise], apesar de declarar ontem que é incompetente para isso. E se ele se declara incompetente, ele que peça para sair”, diz João Carlos Gonçalves, conhecido como Juruna, secretário geral da Força Sindical.

Juruna ainda afirma que as centrais também vão articular com todos os candidatos postulantes aos cargos da presidência da câmara dos deputados e senado, independente de partido.

Além disso, os sindicatos estão agendando uma reunião sobre os temas com o presidente do STF, Luiz Fux.

“Esse documento está sendo distribuído para os sindicatos locais, em cada cidade do País. A partir disso, vamos começar uma mobilização por meio do WhatsApp e das redes”, ressalta.