O Universo Americanas (que inclui Lojas Americanas, B2W Digital, IF – Inovação e Futuro, Ame e Let’s) estipulou o preço para a sua oferta subsequente (follow-on) de ações ordinárias e preferenciais, após o fechamento do mercado na terça-feira (14). A quantidade inicial prevista foi acrescida de lote adicional de 35% mais ações, devido a alta demanda dos investidores. Com isso, a empresa deve levantar R$ 7,87 bilhões, com preço de R$ 29,78 por ação ordinária e R$ 34,65 por preferencial. Dessa forma, a operação pode consistir na maior oferta do ano na B3. Os recursos devem ser direcionados à capitalização de empresas do mesmo grupo, em especial a B2W Digital, e para ampliar os investimentos na Ame, a sua plataforma de pagamentos digitais. Os controladores, Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, participaram da oferta, com aporte de R$ 2 bilhões. Segundo a empresa, houve pedidos de mais de 100 investidores em 5,5 vezes o preço da emissão, somando R$ 25 bilhões em demanda institucional.

RESULTADOS
Bancos americanos anunciam prejuízos e mais provisões

Eric Piermont

As instituições financeiras J.P. Morgan Chase, Citigroup e Wells Fargo deram início aos anúncios de resultados bancários relativos ao segundo trimestre. O período apresenta os mais fortes impactos causados pela pandemia de Covid-19. Em conjunto, eles registraram quase US$ 28 bilhões em provisões de perdas devido ao aumentado risco de inadimplência. Esse valor é o pior desde o último trimestre de 2008, no auge da crise financeira global. Segundo declaração de Jamie Dimon, executivo-chefe do J.P. Morgan, os efeitos da atual recessão serão sentidos “não de imediato, em razão de todos os estímulos” governamentais, mas mais à frente. O banco anunciou queda de mais de 50% do lucro líquido, para US$ 4,7 bilhões, frente ao segundo trimestre de 2019. Já o Wells Fargo reportou prejuízo líquido de US$ 2,69 bilhões, e o Citigroup, de US$ 1,3 bilhão. Com as provisões anunciadas pelos três bancos, o total nos EUA atinge US$ 47 bilhões em 2020, valor superior ao dos três últimos anos somados.

DEBÊNTURES
Inbrands oferece marca VR como garantia

A holding de varejo Inbrands finalizou renegociação com os credores. A empresa não precisará pagar juros e amortizações de papéis até o fim do ano, mas ofereceu como garantia a marca VR em alienação fiduciária. As debêntures estão em mãos do Bradesco, Itaú, ABC, Votorantim, Quatá e do fundo NAF, do fundador da empresa, Nelson Alvarenga Filho. As negociações se estenderam entre 6 de abril e 6 de julho. A empresa também precisará apresentar um plano de reestruturação das suas dívidas. Ao fim de março, ela anunciou dívida de R$ 869 milhões, com caixa de R$ 17 milhões e vencimentos de curto prazo
de R$ 73 milhões.

BOLSA
Alta do ferro leva Vale a recorde

Divulgação

No pregão que marcou a retomada do fechamento do Ibovespa no terreno acima dos 100 mil pontos, na terça-feira (14), a estrela foi a mineradora Vale, com alta de 7,03% no pregão. Isso garantiu a maior cotação da história da empresa até então, em valores ajustados. Um relatório publicado pelo Goldman Sachs defendeu que a Vale deve retomar o pagamento de dividendos, com um anúncio que deve ser feito com a divulgação dos resultados do segundo trimestre, previsto para o próximo dia 29. Isso garantiria US$ 3,8 bilhões em dividendos neste ano, numa relação de 7% de retorno sobre dividendo (dividend yield). Também ajudou na valorização dos papéis a informação de que as importações chinesas de minério de ferro subiram quase 10% no primeiro semestre.

AGENTES AUTÔNOMOS
Monte Bravo adquire carteira de R$ 1 bi da MN 

Um dos maiores escritórios de agentes autônomos ligados à XP Investimentos, o Monte Bravo completou a compra da MN Investimentos, que possui carteira de R$ 1 bilhão. Dessa forma, passa a deter cerca de R$ 10 bilhões investidos sob assessoria. É a segunda aquisição do escritório fundado por Pier Mattei e Filipe Portella durante o período da pandemia. Em abril, a Monte Bravo incorporou o Ella’s. A meta dos sócios é atingir carteira de R$ 100 bilhões até 2024. Neste ano, com aquisições e contratações, a Monte Bravo ampliou em 100 pessoas o seu número de agentes, somando 360 profissionais.