Altamente impactada pela crise da pandemia, como todas as companhias aéreas, a American Airlines registrou prejuízo líquido superior às expectativas no primeiro trimestre de 2021, segundo balanço publicado pela empresa nesta quinta-feira (22). A receita também frustrou acionistas. Mas o uso diário de caixa – “daily cash burn”, na expressão em inglês – foi bem recebido pelo mercado e sustenta operações em alta no pré-mercado acionário de Nova York.

Nos três primeiros meses do ano, a American Airlines teve prejuízo líquido de US$ 1,25 bilhão, ou US$ 4,32 em termos ajustados por ação. A previsão de analistas consultados pelo FacSet era de prejuízo líquido por ação de US$ 4,30. Já a receita a empresa caiu de US$ 8,52 bilhões no primeiro trimestre de 2020 para US$ 4,01 bilhões no mesmo período deste ano, aquém da expectativa do FactSet de US$ 4,04 bilhões.

Ainda assim, o balanço foi considerado positivo. Isso porque ao uso diário de caixa foi, em média, de US$ 27 milhões no período, abaixo dos US$ 30 milhões por dia do quatro trimestre de 2020 e dos US$ 44 milhões do terceiro trimestre do ano passado. A métrica, explica a S&P Global Ratings em relatório, foi criada durante a pandemia e mede a quantidade de dinheiro que uma companhia aérea gasta por dia para manter as operações em funcionamento durante a crise.

“Olhando para o futuro, com o ímpeto a partir do primeiro trimestre, vemos sinais de contínua recuperação da demanda”, diz o presidente-executivo Doug Parker, no balanço. Como mostrou reportagem do Estadão/Broadcast, a quantidade de voos registrados nos Estados Unidos cresceu consideravelmente, diante da vacinação acelerada contra a covid-19 e afrouxamento de restrições, mas não em ritmo suficiente para compensar a fraca demanda global.

Às 08h37 de Brasília, a ação da American Airlines subia 2,14% no pré-mercado de Nova York.