A American Airlines receberá um auxílio público de US$ 12 bilhões como parte do plano de assistência financeira do governo dos Estados Unidos para companhias aéreas que enfrentam a pandemia de coronavírus – aponta documento interno consultado pela AFP nesta terça-feira (31).

A COVID-19 forçou a suspensão maciça de voos.

A companhia aérea também elaborou uma proposta de programa de demissão remunerada voluntária de seus funcionários, de acordo com este documento.

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“Cerca de US$ 12 bilhões foram alocados para a American Airlines. Esses fundos serão usados para permitir a continuidade do serviço essencial prestado e para preservar os empregos”, escrevem o presidente-executivo da empresa, Doug Parker, e seu número dois, Robert Isom.

“Pretendemos enviar uma solicitação para obter esses fundos e estamos confiantes em que eles nos permitirão passar por essa crise, mesmo que ocorra o pior cenário”, continua a dupla na mensagem endereçada às suas equipes.

O setor da aviação é um dos mais afetados pela crise global da saúde, a qual levou à interrupção da maioria dos voos transatlânticos e de muitos domésticos.

O governo federal planejou um desembolso específico de US$ 50 bilhões para esta indústria, dos mais de US$ 2 trilhões do plano de resgate econômico dos Estados Unidos.

Funcionários do governo Trump indicaram que estudam a possibilidade de o Estado tomar posse de ações das companhias aéreas como parte do plano de resgate.

O conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, sugeriu no domingo, em entrevista à rede Fox News que, em troca da ajuda solicitada pelas companhias aéreas, os contribuintes americanos poderão ter o direito de esperar algo em troca.

Os detalhes do desembolso do auxílio serão discutidos assim que a American Airlines fizer o pedido oficialmente.

As condições incluem a proibição da companhia aérea de demitir seus funcionários, ou de reduzir o salário por um período de seis meses, afirmam Parker e Isom.

A ajuda não impede, porém, que o grupo adote outras medidas.

A American Airlines, cuja maioria dos voos foi cancelada há várias semanas, propõe um plano de partida voluntária para seus funcionários e abre a possibilidade de eles se aposentarem mais cedo.

“O que muda é que, agora, incluímos o pagamento de um salário parcial tanto pelas saídas voluntárias como pelas aposentadorias antecipadas”, afirmam os responsáveis.

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