O Capitão Motosserra conseguiu. Com suas atitudes atabalhoadas e declarações irresponsáveis sobre as queimadas na Amazônia (como acusar ONGs ambientais de causar os incêndios), o presidente Bolsonaro criou a maior crise diplomática do Brasil deste século. Entre ontem e hoje, a imprensa de todo o mundo repercutiu as falas torpes do presidente brasileiro sobre o assunto, alarmando a população mundial sobre a situação da maior floresta tropical do planeta.

Veículos de comunicação como CNN, dos Estados Unidos, El País, da Espanha, BBC, do Reino Unido, La Vanguardia, da Argentina, Corriere della Sera, da Itália, e Al Jazeera, do Mundo Árabe, publicaram reportagens e artigos alertando o mundo sobre o que todos os brasileiros já sabem: Bolsonaro é irresponsável, descontrolado e não tem a menor noção da importância da conservação ambiental para o planeta e para a economia mundial. Resultado: líderes de todos os grandes países estão falando sobre a Amazônia e já se cogita discutir o assunto numa reunião oficial.

A maior rede de supermercados da Escandinávia já boicotou os produtos agrícolas do Brasil e outras empresas estudam fazer o mesmo. Só depois de toda essa confusão, o Capitão Motosserra decidiu criar um grupo para estudar soluções para a crise Internacional que ele mesmo criou.

O mais interessante é que as queimadas atuais nem são as maiores que já atingiram a Amazônia. Entre os anos de 2004 e 2015, as áreas de floresta destruídas pelos incêndios eram muito maiores do que as atuais. A diferença é que, antes, os presidentes do País se diziam preocupados com o assunto e anunciavam que iriam trabalhar para resolver o problema. Já o Capitão Motosserra, para fazer jus ao epíteto que criou para si, tratou a destruição da Amazônia com desprezo e amadorismo. Agora, ele bate cabeças do seu governo para tentar contornar a balbúrdia que criou. Pode ser tarde demais.