A empresa americana Amazon investiga denúncias de que alguns de seus funcionários venderam dados confidenciais de clientes a outras companhias. A prática seria mais comum na China, mas colaboradores no EUA também são suspeitos de repassarem as informações. As investigações foram iniciadas em maio, disse a empresa neste domingo 16.

“Estamos realizando uma investigação completa dessas acusações”, disse o grupo de Seattle.

Segundo o jornal, os funcionários da Amazon vendem dados internos e outras informações confidenciais, geralmente através de intermediários, a comerciantes que comercializam seus produtos no site. Os valores variavam de US$ 80 até US$ 2 mil, dependendo do teor das informações.

Ao enfatizar que é preciso que os funcionários aceitem as regras empresariais e éticas internas, uma porta-voz da empresa disse que o grupo tem “sofisticados sistemas para limitar e controlar o acesso à informação”.

Qualquer um que viole essas regras está sujeito a medidas punitivas, “incluindo possíveis consequências judiciais e penais, se houver”, acrescentou.

Na Amazon, os clientes podem comprar produtos vendidos diretamente pela empresa junto com produtos de muitos outros comerciantes.

No que se refere aos comerciantes, “temos uma política de tolerância zero para o desvio de nossos sistemas, e se encontrarmos agentes mal-intencionados envolvidos neste tipo de prática, tomaremos medidas rápidas contra eles, incluindo o encerramento de suas contas, eliminando os avisos, retendo fundos e tomando ações legais”, disse o porta-voz.

Suborno para excluir análises negativas

A Amazon também investiga se funcionários aceitaram suborno para apagarem análises negativas de determinados produtos. Segundo denúncias, algumas empresas pagaram para que colaboradores repassem os emails de pessoas que fizeram críticas aos seus produtos ou para a exclusão do comentário.

A política da empresa permite que vendedores tenham informações apenas sobre volume de vendas e hábitos dos consumidores.

De acordo com as fontes, essa prática é especialmente comum na China, onde pequenos empresários pagam aos funcionários da Amazon cerca de US$ 300 por cada revisão ruim que eles cancelam.