Depois de sete anos da chegada ao Brasil, a Amazon iniciou nesta terça-feira (22) a operação de um centro de distribuição próprio, em Cajamar, na Grande São Paulo. No espaço de mais de 40 mil metros quadrados – equivalente a seis campos de futebol –, estão guardados mais de 120 mil produtos, separados em 11 categorias diferentes, desde aparelhos eletrônicos a produtos de limpeza, passando por brinquedos e maquiagem.

A maior empresa varejista de e-commercer aportou no País em 2012, apenas com a operação de livros eletrônicos. Em 2017, começou a comercializar outros produtos de forma indireta, através dos market places. Agora, com a construção do espaço novo, a companhia se apresenta como uma nova opção no varejo nacional.

“Para oferecer a melhor experiência de entrega, lançamos um novo centro de distribuição, possibilitando a entrega rápida para milhares de produtos, criando centenas de empregos diretos e indiretos. Com a expansão de hoje, reiteramos nosso compromisso de longo prazo com o Brasil e com nossos clientes”, disse Alex Szapiro, Country Manager da Amazon no Brasil.

A notícia sobre o movimento da Amazon rumo a uma operação própria afetou os papéis das principais varejistas online do País. As ações da B2W (dona de Submarino e Americanas.com) tiveram queda de 3,26%, para R$ 44,40, enquanto Magazine Luiza recuaram 4,13%, para R$ 167. “Uma plataforma como essa é uma concorrência direta. É um alerta, acende uma luz vermelha”, diz Louise Barsi, analista da Elite Corretora, ao jornal Estado de S.Paulo.

Apesar do impacto no mercado, o banco BTG Pactual indicou cautela pela forte concorrência que o novo serviço encontrará no Brasil, principalmente com as redes Magazine Luiza e B2W Digital, e-commerce formado com a fusão entre Submarino, Shoptime e Americanas.com.