A Amazon pode ser uma das companhias mais valiosas do mundo, ter uma enorme gama de empresas e produtos a oferecer, porém, nada disso serviu para seu sucesso no enorme e disputado mercado chinês. Diante de fortes concorrentes com Alibaba e JD.com, a empresa de Jeff Bezos anunciou que fechará a operação local do e-commerce na China, e passará a oferecer somente produtos importados dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Japão e Alemanha.

As vendas da Amazon na China eram tão pequenas a ponto de não serem detalhadas em seus relatórios financeiros. Os números chineses eram menores que os do Japão, que movimentou US$ 13,8 bilhões em vendas no último ano, 6% do total global da companhia.

A Amazon entrou na China em 2004, quando comprou a vendedora on-line de livros, Joyo, por US$ 75 milhões. Desde então, vem tentando expandir sua participação no país. No entanto, foi perdendo mercado conforme o crescimento de concorrentes locais, que entenderam as especificidades do mercado interno, como a grande sensibilidade ao preço de alguns produtos e o favorecimento a lojas com entregas quase instantâneas, caso da Alibaba, que articulou parceria com diversas empresas locais de delivery para oferecer a agilidade.

Durante grande parte do tempo em que esteve ativa na China, a Amazon investiu pesadamente no controle de todo seu inventário e logística, oferecendo menos velocidade de entrega e menor variedade de produtos – um dos grandes pecados da empresa, que perdeu competitividade de preço. Nos últimos anos, o foco da empresa no país vem sendo os serviços em nuvem e a venda dos aparelhos Kindle.