A alta do dólar ante o real pressionou os preços dos produtos industriais brasileiros na porta de fábrica em agosto, segundo Alexandre Brandão, gerente do Índice de Preços ao Produtor (IPP) no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPP teve um avanço de 0,92% em agosto, decorrente de aumentos de preços em 20 das 24 atividades pesquisadas.

“Houve depreciação do real de 6,4% em relação ao dólar este mês. Para se ter uma ideia, esse foi o maior resultado desde maio de 2018, quando (a depreciação do real ante o dólar) tinha sido de 6,7%”, ressaltou Brandão.

Segundo ele, as principais altas em agosto são de setores que comercializam commodities, que sofrem influência do câmbio e de preços do mercado internacional.

“Alguns setores mais ligados ao câmbio aparecem na faixa de cima (de alta de preços), com variações maiores. O minério de ferro, além do câmbio, tem o preço internacional. Mas tem fumo, avião, madeira”, enumerou o pesquisador.

As maiores elevações foram registradas pelas indústrias extrativas (7,67%), outros equipamentos de transporte (3,65%), fumo (3,29%), metalurgia (1,99%), perfumaria e produtos de limpeza (1,36%), informática (1,34%) e madeira (0,93%).