No primeiro ano de atividade de sua empresa, qual sua percepção sobre a demanda por educação financeira?
A Top Gain está completando um ano. A empresa foi criada no auge da pandemia. Os juros baixos estimularam as pessoas a diversificar seus investimentos e o isolamento proporcionou mais tempo para isso. Lançamos a empresa pensando em ajudá-las em seus primeiros passos, apesar de também procurarmos atender investidores mais avançados.

A pandemia alterou a maneira como o brasileiro investe?
Com certeza. Historicamente, todas as crises financeiras varreram CPFs do mercado financeiro. As perdas na Bolsa deixavam as pessoas traumatizadas com a renda variável e as levavam para aplicações mais seguras. Em 2020 ocorreu justamente o contrário. Os investidores passaram a aumentar suas exposições em ações e a abrir mais contas. Também houve muita inovação, com a criação de novos produtos, estratégias e plataformas para esse público novo.

Qual é o perfil desses recém-chegados ao mercado?
Temos dois tipos de pessoas: as aventureiras, que entram por um modismo e podem se frustrar, e as que procuram educação financeira. Essas entendem onde seus perfis como investidores se encaixam e aprendem a se posicionar com segurança em um mercado que oscila muito. Esse segundo caso é muito positivo.

O que tornou mais populares alguns investimentos como renda variável, derivativos e aplicações internacionais?
Esses ativos têm, naturalmente, um retorno mais rápido para quem está bem-posicionado, o que atrai todo mundo. As corretoras e os bancos ainda facilitaram a entrada para esse tipo de aplicação, a partir de quando começaram a subsidiar muitas coisas, como a gratuidade de plataformas operacionais. No geral, as pessoas migraram por causa de facilidade, agilidade e preços mais atrativos.

Qual lição o investidor brasileiro médio mais precisa aprender?
A defender seus investimentos. Historicamente, quando há qualquer tipo de turbulência ou pânico, quem não tem noção clara do porquê se posicionou acaba saindo daquele ativo de forma desesperada. E geralmente existe uma correção natural do mercado, e aquele dinheiro poderia ter gerado algum lucro. Então além de treinar e ter um estudo teórico e técnico para saber o porquê de entrar, existe também uma parte comportamental nas finanças que é pouco difundida e que tentamos passar.

PATRIMÔNIO DE FUNDOS DE PENSÃO VAI A R$ 1,14 TRI

As carteiras de investimentos dos fundos de pensão fechados renderam 7,26% no primeiro semestre deste ano, informou a Abrapp, associação que representa o setor. No fim de junho, o patrimônio consolidado das entidades de previdência era de R$ 1,14 trilhão. O sistema registrou um superávit de R$ 19,1 bilhões nos seis primeiros meses do ano. O número de participantes chegou a 7,4 milhões de pessoas.

ZRO BANK RECEBE APORTE DE R$ 61 MILHÕES

O banco digital Zro Bank recebeu um aporte de R$ 25 milhões da gestora brasileira Multinvest Capital, e deverá receber mais R$ 36 milhões de outra instituição financeira brasileira ainda no mês de outubro. É a primeira rodada de captação, no total de R$ 61 milhões, para o banco especializado em contas em real e em bitcoin, fundado há cerca de um ano em Recife. Os investidores receberão cerca de 25% do capital do banco.

QUEDA DO FACEBOOK AFETA MAIS OS BANCOS

O sistema financeiro foi um dos maiores perdedores com a queda das redes sociais. Nas oito horas em que o Facebook e o Instagram ficaram fora do ar, cerca de 1,5 milhão de usuários deixaram de ser impactados. A avaliação é da startup de marketing de influência Inflr. Segundo o diretor da empresa, Thiago Cavalcante, 12 mil contas correntes deixaram de ser abertas nesse período.

EM ALTA
1,29% 

Foi o aumento do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) na segunda quadrissemana de outubro. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,29%, segundo levantamento da Fundação Getulio Vargas (FGV). Apesar da alta, o resultado mostra uma desaceleração em relação ao aumento de 1,43% registrado na primeira quadrissemana do mês. Segundo a FGV, dos oito componentes do índice, a maior variação foi da habitação, passando de 2,03% de alta na primeira quadrissemana para 1,34% na segunda.

EM BAIXA
0,03% 

Foi o recuo do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) na segunda prévia de outubro. Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), na segunda leitura de setembro o índice, que é usado para reajustar contratos de aluguel, já havia registrado retração de 0,58%. Agora, no entanto, a queda do IGP-M desacelerou. Isso porque o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M), que compõe o indicador, teve deflação menor, de 0,32%, na segunda prévia de outubro, ante uma queda de 1,06% na mesma leitura do mês passado.