O grupo composto por alimentos e bebidas foi o principal foco da inflação para todas as classes, porém o impacto foi mais intenso para as famílias de faixa muito baixa, com renda domiciliar menor que R$ 1.808,79.

Para essas famílias, os preços subiram em média 0,63%, enquanto para as famílias de renda alta, acima de R$ 17.764,49 ao mês por domicílio, a alta ficou em 0,34%. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (15) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta da inflação para todas as faixas, sendo que o impacto foi maior para classe de renda mais baixa, cuja inflação em janeiro deste ano (0,63%) foi o triplo da apontada em janeiro de 2021 (0,21%)”, comparou, em nota, a pesquisadora do Ipea Maria Andreia Lameiras, autora do indicador mensal.

No acumulado em 12 meses, as famílias de renda média baixa tiveram a maior alta inflacionária, uma taxa de 10,8%, um pouco superior à registrada pela faixa de renda muito baixa (10,5%) e acima da faixa de renda alta (9,6%).

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Para as famílias de faixa mais alta, o aumento dos preços dos serviços de recreação, como pacote turístico (2,7%), hospedagem (2,0%) e cinema (1,9%) foi o principal responsável pela contribuição do grupo despesas pessoais, em janeiro de 2022. A queda dos preços dos combustíveis – gasolina (-1,1%) e etanol (-2,8%) –, das passagens aéreas (-18,4%) e do transporte por aplicativo (-18%), fez com que o grupo transportes trouxesse alívio inflacionário para esta faixa de renda.

Veja tabela: