A alta nos preços dos alimentos e na energia elétrica pressionaram a inflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em julho, informou nesta quinta-feira, 8, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,31% em julho, após uma queda de 0,02% em junho.

Quatro das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais elevadas, com destaque para o grupo Habitação, que passou de queda de 0,10% em junho para alta de 1,02% em julho. A tarifa de eletricidade residencial saiu de redução de 2,21% para aumento de 5,56% no período.

Os demais acréscimos ocorreram nas taxas de variação dos grupos Alimentação (de -0,09% para 0,35%), Transportes (de -0,70% para -0,48%) e Despesas Diversas (de -0,43% para 0,35%), sob influência de itens como frutas (de -4,02% para 3,38%), gasolina (de -2,53% para -1,93%) e alimentos para animais domésticos (de -1,78% para 2,32%).

Na direção oposta, as taxas foram mais baixas em Educação, Leitura e Recreação (de 0,85% para -0,03%), Vestuário (de 0,49% para -0,24%), Comunicação (de 0,24% para 0,03%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,41% para 0,38%). Houve contribuição dos itens passagem aérea (de 20,34% para -3,55%), roupas (de 0,58% para -0,49%), pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,91% para 0,02%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,77% para 0,27%).

Núcleo

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,20% em julho, ante um avanço também de 0,20% em junho. Dos 85 itens componentes do IPC, 42 foram excluídos do cálculo do núcleo. O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 59,47% em julho, 10,95 pontos porcentuais acima do resultado de 48,52% registrado em junho.