As Pequenas e Médias Empresas (PMEs) no Brasil podem ser classificadas, sem medo de errar, de duas formas: numerosas e financeiramente desorganizadas. São os números que dizem isso. Existem hoje 4 milhões de CNPJs, que podem chegar a 13 milhões se somados os Microempreendedores Individuais (MEIs). Mas 50% desse total, segundo estimativas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), registra seus gastos e receitas em um simples caderno, enquanto mais de 30% nem sequer anotam suas transações.

E 70% delas nem sabem se o saldo está positivo ou negativo.

Foi de olho nessa realidade que a fintech Monkey, maior marketplace de recebíveis da América Latina, criou o Cash Control, ou apenas Ca.Co., uma ferramenta de gestão financeira que utiliza algoritmos para ajudar pequenas e médias empresas a gerenciar suas finanças.

“Recebemos diariamente centenas de milhares de informações relacionadas a notas fiscais e recebíveis de cartões. Com base nesse vasto conjunto de dados e utilizando toda a tecnologia que desenvolvemos ao longo dos anos, conseguimos criar um ambiente ideal para executar algoritmos preditivos”, disse Felipe Adorno, CTO da Monkey.

Com a ferramenta, afirmou ele, é possível garantir mais autonomia para o empreendedor controlar o fluxo de caixa, auxiliar na gestão do contas a pagar e receber, além de promover insights sobre o seu negócio, o grande diferencial. “Esses algoritmos têm o poder de auxiliar no gerenciamento do fluxo de caixa, bem como em sua saúde financeira.”

O poder dos algoritmos é imenso sob a óptica da redução de custos com a ineficiência financeira. Estudos da Monkey projetam que a ferramenta poderá reduzir em 25% o custo médio com taxas aplicadas ao crédito concedido para empresas.

Considerando o mercado de crédito para PMEs, onde anualmente são transacionados R$ 1,7 trilhão, o potencial de economia de custos para as empresas com a nova solução pode alcançar R$ 42,5 bilhões, considerando que o Ca.Co. dará direcionamento para a identificação de melhores oportunidades de acesso à crédito.

Para Gabriele Iada, head de Inteligência e Inovação na Monkey, essa a solução apresenta alternativas para uma categoria que geralmente não vê tantas saídas.

“Podemos ajudar a criar uma rede de empreendedores capazes de gerir seus negócios e garantir a longevidade de suas empresas.”
Gabriele Iada, head de Inteligência e Inovação na Monkey

A fintech espera ampliar em R$ 10 milhões a receita com o Ca.Co, e atingir 20 mil PMEs. O início de uma jornada em um mar de potencialidades.