Um novo episódio de mortalidade em massa de salmões foi registrado em 18 centros de cultivo no sul do Chile, com um total de 4.244 toneladas de peixes mortos até esta quinta-feira, anunciou o Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura (Sernapesca).

A mortalidade está associada às Florações de Algas Nocivas (FAN), fenômeno que provoca a redução do oxigênio na água, o que resulta na morte dos salmões por asfixia. Isso já havia ocorrido em centros de cultivo que se expandem nas regiões de Los Lagos e Aysén, sul do Chile.

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“Foi verificado um número aproximado de 4.244 toneladas de mortalidade em ambas as regiões, equivalente a 2,7% do total de biomassa ativa nas área afetadas”, apontou a Sernapesca, que contabiliza 18 centros de cultivo com planos de ação frente a mortalidades em massa, seis deles na região de Los Lagos e 12 na de Aysén. Setenta por cento dos animais mortos já foram removidos.

O Chile é o segundo maior produtor mundial de salmão, atrás da Noruega, e responsável por 26% da oferta global. No ano passado, as exportações do país totalizaram 4,38 bilhões de dólares, uma queda de 14,6% em relação ao ano anterior, segundo dados do Conselho do Salmão.

O último grande surgimento de algas havia atingido a indústria local de salmão em 2016. O episódio atual é de total responsabilidade da poluição produzida pelo cultivo de salmão, e não pelas mudanças climáticas, como afirma a indústria, denunciou o grupo ambientalista Greenpeace.