Em quais ativos os seus fundos investem?
Possuímos três fundos abertos. O primeiro é o Tenax Macro, o fundo visa superar a performance do CDI mais 8% ao longo da sua trajetória. Temos também outros dois fundos, que são de renda variável. Um deles é o Tenax Ações, que possui entre 25 e 30 papéis. Esse fundo seleciona papéis que tendem a ter a melhor rentabilidade na relação risco-retorno dentro do universo de ações da Bolsa brasileira. Já o terceiro produto é o Tenax Total Return. A proposta é ter um fundo não tão exposto às volatilidades do mercado. Com eles, possuímos R$ 900 milhões sob gestão.

As eleições tendem a provocar um cenário de aversão ao risco. Quais dicas você dá para o investidor para esses momentos?
Atualmente vivemos um momento de muita volatilidade não somente por causa das eleições. A inflação global e o ciclo de alta de juros nos países desenvolvidos estão pautando o mercado de uma forma mais direta e isso deve pressionar o índice aqui, muito mais do que as eleições. Sendo assim, é possível obter lucro nesse cenário, basta investir em aplicações que apostam na alta de juros dos Estados Unidos e que geram valor para os investidores com a ajuda dessa expectativa. Após a eleição, eu consigo ver Bolsa subindo e o real se valorizando.

Para onde você acredita que vai o dólar até o final de 2023?
Com o controle da inflação no próximo ano e a melhora do cenário externo é possível que o dólar se aproxime dos R$ 4,50. O fim do ciclo de alta de juros nos países desenvolvidos é que serão o fator determinante para o preço da moeda norte-americana.

Você pode revelar dois exemplos que você possui em seus fundos?
O primeiro é a Intelbras, a companhia possui bons números quando olhamos os balanços e, por isso, ela gera valor para quem compra seus papéis. A companhia possui duas avenidas de crescimento importantes, que são a entrada de energia solar na matriz energética do País e início do 5G. Então esses dois caminhos farão a empresa crescer muito nos próximos anos. Outro exemplo presente na carteira é a Porto Seguro, pois vemos que o ativo está descontado (ou seja, com a ação com o preço menor que a média do mercado).

NOTAS

Captações de startups recuam 80,2%

As startups captaram 80,2% menos em agosto de 2022, na comparação com o mesmo período do ano passado, mostram dados divulgados pela Distrito. Em agosto de 2021, os aportes somaram US$ 880,3 milhões, ante US$ 174,2 milhões em 2022. A inflação e as taxas de juros em elevação são apontadas como os principais motivos para essa queda. Já no acumulado do ano, a queda foi de 45%. Segundo a pesquisa, foram US$ 3,6 bilhões contra US$ 6,6 bilhões registrados no período anterior.

Global X lança BRD de ETF de Cannabis

A Global X, gestora especializada em fundos de investimentos, informou que lançou um novo BDR de ETF de Cannabis (BPOT39). “O investidor ganha novas oportunidades de diversificar seu portfólio de investimentos com o novo produto”, disse a gestora. A companhia também lançou outro dois produtos da mesma modalidade, que são os BRDs ETFs de empresas do setor imobiliário que pagam dividendos (BSRE39) e o de empresas chinesas do segmento financeiro (BHIX39).

BR Angels aporta R$ 950 mil na sellentt

A BR Angels informou que aportou R$ 950 mil na Sellentt, startup de Software as a Service (SaaS). O investimento vai possibilitar o lançamento de novas funcionalidades e módulos dos produtos da companhia. De acordo com o CEO e fundador da BR Angels, Orlando Cintra, o aporte foi realizado na expectativa de evoluir a startup. “Enxergamos na Sellentt uma solução que impacta a realidade das empresas nacionais e, consequentemente, a economia brasileira”, disse Cintra.

EM ALTA
10,89%

Foi a alta acumulada em 12 meses até setembro do Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M), divulgado pela Fundação Getulio Vargas na terça-feira (27). O indicador mostra o avanço da inflação da construção civil. A alta foi puxada, principalmente, pelo crescimento do custo da mão de obra, que avançou 11,20% em 12 meses. No mês de setembro, o índice da Fundação Getulio Vargas avançou apenas 0,1%, desaceleração na comparação com a alta de 0,33% em agosto.

EM BAIXA
13,8%

Foi a queda do número de cheques compensados no primeiro semestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados na terça-feira (27) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O número de cheques compensados recuou de 120,6 milhões para 103,9 milhões. “O avanço dos meios de pagamento digitais, como a criação do Pix em 2020 fazem com que o uso do cheque no País continue mantendo a queda verificada nos últimos anos”, afirmou a Febraban.